Eram mais ou menos 19:00 de um domingo doce.
-Mãe, vamos comprar pão?
-Rum! Vou nada!
-Por favor, eu tô com fome-de-pão...
-Eu vou parar o carro e você desce, O.k.?
-Bêleza!
-Rum! Vou nada!
-Por favor, eu tô com fome-de-pão...
-Eu vou parar o carro e você desce, O.k.?
-Bêleza!
E lá fomos nós entretidas e alegres, passamos pela nossa rua
olhando cada casa, todas fechadas com apenas uma pista de luz na janela afinal,
estava chovendo, logo, todo mundo tava acomodado em lençóis quentinhos. Passando,
passando...
-Epa! Que estranho, o portão dela estar aberto.
-Verdade, ela nunca deixa e ainda pede pra que a gente sempre fique de olho...
-Epa! Que estranho, o portão dela estar aberto.
-Verdade, ela nunca deixa e ainda pede pra que a gente sempre fique de olho...
Mamãe estacionou, eu desci, entrei no supermercado e quando
me dei conta, minha mãe estava logo atrás de mim.
-Uuuh! Resolveu descer foi?
-Sim, esqueci que tinha acabado a granola e resolvi aproveitar... algum problema?
-Não, nenhum. A granola fica logo ali, na sessão de cereais...
-Eu sei.
-Uuuh! Resolveu descer foi?
-Sim, esqueci que tinha acabado a granola e resolvi aproveitar... algum problema?
-Não, nenhum. A granola fica logo ali, na sessão de cereais...
-Eu sei.
Nos encontramos no caixa e retornamos pro carro. Na volta
pra casa, fizemos a mesma coisa e olhamos tuudo! Aquele portão continuava
aberto. Quase em frente de casa, minha mãe fez o retorno e voltou pra saber por
que aquele portão estava aberto.
-Eu já ia falar pra gente fazer isso mesmo.
-Droga! Vou perder o Fantástico.
-Eu já ia falar pra gente fazer isso mesmo.
-Droga! Vou perder o Fantástico.
Estacionamos de qualquer jeito, descemos e começamos chamar
pelas donas da casa desesperadamente e nada de ninguém responder (além dos cachorros,
é claro!). Começamos a apelar para telefonemas e nada também. Até que surgiu a idéia
de ligar pra uma amiga dela, que também é Polícial federal (eu esqueci de dar alguns detalhes, mas creio
que à essa altura do campeonato, já devem ter entendido o motivo do medo):
-Procure o telefone da fulana ai nesse celular.
-Achei! Toma, tá chamando...
-Oii, Paty!?
-Sim.
-Querida, estava passando aqui pela rua e o portão da nossa amiga está aberto, o que faço?
-HÃ? Como assim?
-hehehe, EU...também tô tentando entender.
-Você já chamou ela? E a mãe dela, onde está?
-Já, já chamei e...
-Espere! Já estamos chegando aí.
-Procure o telefone da fulana ai nesse celular.
-Achei! Toma, tá chamando...
-Oii, Paty!?
-Sim.
-Querida, estava passando aqui pela rua e o portão da nossa amiga está aberto, o que faço?
-HÃ? Como assim?
-hehehe, EU...também tô tentando entender.
-Você já chamou ela? E a mãe dela, onde está?
-Já, já chamei e...
-Espere! Já estamos chegando aí.
De repente, um monte de carro estacionou, os poucos vizinhos
que ouviram o barulho d’a gente chamando que estavam do lado de fora,
imediatamente entraram pra suas casas correndo. Desceram, todos, com aquelas
lindas arminhas que pareciam de brinquedo – e eu láaaa maravilhada, me sentindo
a própria integrante do C.S.I. - cada um indo pr’um lado diferente da casa –
eu fui ver os pobres cachorrinhos assustados (1 Pitt Bull e 1 hotweiller) - encostados na parede com uma cara de quem
desconfia até da própria sombra. Ouvia-se chutes em portas com aquele clássico
: parado aí! Dei uma olhadinha lá pra fora e vi aquele tanto
de carro cantando pneu ao redor da casa... ai, ai! Aventura pra nunca mais
esquecer.
Desfecho: a dona da casa finalmente chegou (atrasada), fez
uma cena (!) que naquela hora sim, foi louco, ela dobrou a esquina (de uma jeito
que eu só tinha visto em filme de ação), veio na direção do carro da minha mãe,
quase encostou no pára-lama mas antes disso cantou o pneu naquela lama, saiu do
carro com a arma na mão, não olhou nem pra nossa cara, entrou direto pra sala –
com a arma no ponto! Imagine você: uma loira, com um vestidinho que fazia ela
parecer uma Barbie, um salto finérrimo e uma arma na mão! (Eu tinha sido
chamada pra participar de um filme e num me avisaram!)
Enfim, fomos inúmeras vezes agradecidas e escoltaram-nos até
chegar em casa, obrigaram-nos a fechar o portão (não temos o costume de
fechá-lo, mesmo quando passamos o dia todo fora de casa) e ainda ficaram lá durante
umas horas, nos vigiando em seus (2) carros com vidro preto-breu.
*eu não citei nomes porque tratam-se de uns investigadores da
PF, apesar de ter quase-certeza que esses nomes são falsos
**por favor, se lerem isso, não me exilem! (Tô brincando, nunca disse que tenho um blog, pr’êsse pessoal.
**por favor, se lerem isso, não me exilem! (Tô brincando, nunca disse que tenho um blog, pr’êsse pessoal.
Ah! E ninguém tinha invadido a casa não, foi a mãe da loira
que esqueceu tudo aberto...dizendo ela. (Eu num acho que foi isso neem...)