domingo, 25 de março de 2012

Último suspiro de um verão maravilhoso


Eram mais ou menos 19:00 de um domingo doce.
-Mãe, vamos comprar pão?
-Rum! Vou nada!
-Por favor, eu  tô com fome-de-pão...
-Eu vou parar o carro e você desce, O.k.?
-Bêleza!
E lá fomos nós entretidas e alegres, passamos pela nossa rua olhando cada casa, todas fechadas com apenas uma pista de luz na janela afinal, estava chovendo, logo, todo mundo tava acomodado em lençóis quentinhos. Passando, passando...
-Epa! Que estranho, o portão dela estar aberto.
-Verdade, ela nunca deixa e ainda pede pra que a gente sempre fique de olho...
Mamãe estacionou, eu desci, entrei no supermercado e quando me dei conta, minha mãe estava logo atrás de mim.
-Uuuh! Resolveu descer foi?
-Sim, esqueci que tinha acabado a granola e resolvi aproveitar... algum problema?
-Não, nenhum. A granola fica logo ali, na sessão de cereais...
-Eu sei.
Nos encontramos no caixa e retornamos pro carro. Na volta pra casa, fizemos a mesma coisa e olhamos tuudo! Aquele portão continuava aberto. Quase em frente de casa, minha mãe fez o retorno e voltou pra saber por que aquele portão estava aberto.
-Eu já ia falar pra gente fazer isso mesmo.
-Droga! Vou perder o Fantástico.
Estacionamos de qualquer jeito, descemos e começamos chamar pelas donas da casa desesperadamente e nada de ninguém responder (além dos cachorros, é claro!). Começamos a apelar para telefonemas e nada também. Até que surgiu a idéia de ligar pra uma amiga dela, que também é Polícial federal  (eu esqueci de dar alguns detalhes, mas creio que à essa altura do campeonato, já devem ter entendido o motivo do medo):
-Procure o telefone da fulana ai nesse celular.
-Achei! Toma, tá chamando...
-Oii, Paty!?
-Sim.
-Querida, estava passando aqui pela rua e o portão da nossa amiga está aberto, o que faço?
-HÃ? Como assim?
-hehehe, EU...também tô tentando entender.
-Você já chamou ela? E a mãe dela, onde está?
-Já, já chamei e...
-Espere! Já estamos chegando aí.
De repente, um monte de carro estacionou, os poucos vizinhos que ouviram o barulho d’a gente chamando que estavam do lado de fora, imediatamente entraram pra suas casas correndo. Desceram, todos, com aquelas lindas arminhas que pareciam de brinquedo – e eu láaaa maravilhada, me sentindo a própria integrante do C.S.I.  -  cada um indo pr’um lado diferente da casa – eu fui ver os pobres cachorrinhos assustados (1 Pitt Bull e 1 hotweiller) -  encostados na parede com uma cara de quem desconfia até da própria sombra. Ouvia-se chutes em portas com aquele clássico : parado aí!  Dei uma olhadinha lá pra fora e vi aquele tanto de carro cantando pneu ao redor da casa... ai, ai! Aventura pra nunca mais esquecer.
Desfecho: a dona da casa finalmente chegou (atrasada), fez uma cena (!)  que naquela hora sim,  foi louco, ela dobrou a esquina (de uma jeito que eu só tinha visto em filme de ação), veio na direção do carro da minha mãe, quase encostou no pára-lama mas antes disso cantou o pneu naquela lama, saiu do carro com a arma na mão, não olhou nem pra nossa cara, entrou direto pra sala – com a arma no ponto! Imagine você: uma loira, com um vestidinho que fazia ela parecer uma Barbie, um salto finérrimo e uma arma na mão! (Eu tinha sido chamada pra participar de um filme e num me avisaram!)
Enfim, fomos inúmeras vezes agradecidas e escoltaram-nos até chegar em casa, obrigaram-nos a fechar o portão (não temos o costume de fechá-lo, mesmo quando passamos o dia todo fora de casa) e ainda ficaram lá durante umas horas, nos vigiando em seus (2) carros com  vidro preto-breu.

*eu não citei nomes porque tratam-se de uns investigadores da PF, apesar de ter quase-certeza que esses nomes são falsos
**por favor,  se lerem isso, não me exilem! (Tô brincando, nunca disse que tenho um blog, pr’êsse pessoal.

Ah! E ninguém tinha invadido a casa não, foi a mãe da loira que esqueceu tudo aberto...dizendo ela. (Eu num acho que foi isso neem...)

terça-feira, 20 de março de 2012


Ultimamente tenho tido muito pouco o que fazer, logo, passo muito tempo em frente ao computador fuçando algo. E nessa onda, perambulo por cada lugar (virtualmente falando). Os “lugares” que mais me atraem são os blogs. Por exemplo, hoje li todo o blog de uma pessoa que gosto muito, apesar de ter certeza que ela nem lembra mais que eu existo (é sério! DESSA vez, num tô sendo humilde. É alguém  que quando conheci, fiz dela minha Cecília Meirelles.
Eu a conheci em meados de 2008, foi minha professora substituta (logo de português). Enfim, foi quem deu o ponta-pé inicial pro desabrochar do meu eu – lírico (E tudo isso, sem ela saber). Depois daquele ano, nunca mais deixei de escrever, mesmo achando tudo que o que escrevo é escória. Enfim! Tirei o dia pra ler aquele blog e...me acabeeeei rir! Não pelo motivo de ler algo engraçado (pelo contrário!) e sim porque me deparei com algo inimaginável, até então. Pense só você: descobrir que seu ídolo da pré-adolescência (sim! Eu era meio que... fãzinha dela), tem tantos problemas e dúvidas quanto você, ou mesmo é tão imaturo (amorosamente falando! Eu juro que não tinha parado pra pensar que alguém com tanto... tudo de bom, podia ter tantos problemas.
Eu pensei que as minhas crises existenciais fossem por conta da imaturidade que Francisco falou (ou fincou, feito estaca em meu peito). Cheguei até concordar com isso. Enfim, só sei que aprendi que ninguém (ninguém mesmo! Nem o Francisco) está preparado pra vida. Ela tem o costume de querer se governar como se fosse dona do seu próprio nariz. Ela é uma fruta aberta.
Como cheguei até aqui: “...e mesmo que não saibas que eu escrevo essas palavras dedicadas a você, eu te digo: eu gostei de você e a culpa é toda minha. não quero me fazer de coitada. odeio isso. quero só dizer que sou a única responsável por gostar de você e por isso mesmo quero te esquecer e passar uma borracha em tudo do nada que aconteceu entre nós. você não tem culpa. em absoluto. apenas seguiu um instinto masculino que é mais forte que a razão. você sempre foi você, e digo isso porque nem te conheci direito, mas algo me dizia que você era de um tipo de autenticidade perniciosa que não diz o que quer exatamente porque não quer nada. e foi assim comigo...”

quarta-feira, 7 de março de 2012

Atos, boatos e metamorfoses

Eu tenho mania de ficar analisando todo e qualquer tipo de mudança que acontece ao meu redor, seja ela em mim ou nas outras pessoas com quem convivo. Eu mudei muito. Essa mania de ficar pensando\refletindo o tempo todo em tudo, me levou á seguinte conclusão:
Nós somos como as borboletas. Nossas mudanças são parecidíssimas. Passamos por metamorfoses e tudo mais. A vida das borboletas se inicia a partir do momento em que ela está preparada pra sair do ovo – ovo do qual ela só sai se tiver força e determinação suficientes. Nós, sem sequer entender nada, saímos da barriga de nossas mães [ lembrem bem, eu disse que nossas mudanças são parecidas e não iguais], depois de certo (grande) tempo é que, com ajuda  de um punhado de gente\fatores, aprendemos sobre o *equilíbrio físico, depois falar, interagir. Elas: saem em forma de lagarta, entendidas, com várias pernas, das quais tem total domínio, e no momento mais propício – esse, decidido\reconhecido por si – **se isolam num casulo e se preparam para a maturidade. Após tempos enclausuradas dentre cios e sedas, saem belas e elegantes, as borboletas. Voam lindas e livres. Mas, uma coisa que talvez nunca paramos pra pensar, é que apesar de saírem lindas e deslumbrantes, elas ainda são exatamente como nasceram, internamente.
O que quero dizer, é que seres Humanos, julgam-se tão capacitados e melhores do que os demais e (a maioria) não se dão conta de que não passam da espécie mais ignorante (e, pasmem!) com aptidão pra raciocínio  que existe. É incapaz de perceber a superioridade que “uma simples borboleta” tem.
 Tá. Nem é exatamente isso. Aí vai: Eu tenho ouvido comentários do tipo “Oh! Como a Luhanna tá mudada! Eu sabia que naquele breu havia uma luz, por menor que fosse.”( acredite se quiser, eu ouvi isso, por acidente, mas ouvi!) E o que quero dizer com tudo isso, é que por mais que eu “mude” externamente, internamente, eu e todo mundo (que acha ou parece ter mudado) continuamos os mesmos, só que com asas, hahaha.
*algumas pessoas não conseguem absorver outro tipo de equilíbrio, achei que fosse interessante mencionar algo comum á todos. O equilíbrio físico me parece comum à todos.
**Reparem bem, elas se isolam num casulo e SE preparam para amadurecer. Imaginem só, se nós tivéssemos tal sensibilidade para perceber o momento CERTO  no qual a mudança é necessária.
Enfim, depois de tudo, eu acabei de crer que sou fã de borboletas. Eu sou FÃ de borboletas, O.k., borboletas...
Como cheguei até aqui:
Hahaha, eu estava assistindo uma Novela (pasmem! Novamente).