sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016



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Quase não enxerga-se quando acontece porque está ocupado demais se encantando com lascividade mascarada no roçar acidental dos mundos e explorar essa conexão se torna a única maneira de respirar desoprimido. 





sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sou adulta

-Oi...Alô?
 - Pois não?
 - Gostaria de me inscrever na oficina do dia 10 de setembro, por favor.
 - 10 de setembro...Em qual turma: de crianças, adolescentes ou adultos?
 - Aah...Minha mãe me diz desde os 16 que sou quase uma adulta e...Bom, eu enho 19 anos e você saber melhor!
 - Você fará parte da turma de adultos que começa das...
 - Caramba!! Seriozão?? Minha nossa senhora! Tá bom, beijo e tchau!


 - Alô?
 - Oi! Qual o horário mesmo?

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Tudo o que precisava deveras era do teu abraço á prova e tudo e de toda a minha vulnerabilidade. E que, talvez, esse mesmo abraço inclusive remediasse toda essa desproteção que eu sinto desde aquele dia em que, pela primeira vez, vi as luzes (que mais tarde descobri que eram trevas) desse mundo. Eu gostaria muito, mas muito mesmo de pensar igual a minha avó sempre me ensinou: "Se não deu agora, vai dar depois. E vai dar muito melhor do que se fosse agora". Mas acontece que eu gosto de fazer as coisas por impulso porque é muito mais satisfatório e feliz. Eu não vejo a menor graça nas coisas milimetricamente programadas. Não tem tanta emoção! Sou muiot pacientes com as pessoas mesmo que elas não sejam dignas. Mas quando o que requer a minha paciência é a vida, eu perco totalmente o controle de mim. Nasci assim, com mania de querer fazer logo o que "preciso". E do teu abraço, eu preciso. Enquanto não o tenho, ganho as noites assim, em claro (de certa forma).

terça-feira, 14 de maio de 2013

A viagem


De repente aconteceu que meus pulmões se encheram de oxigênio fresquinho, ganhei mais ar e força. Foi como se tivessem me dado um empurrão só que, empurrões geralmente doem por serem surpresas indesejadas e de mal gosto. Esse, não. Sim, foi surpresa! Mais foi involuntariamente desejado. Tá  entendendo? Já sei!
Imagine que você é um atleta e está se preparando para dar aquele salto com vara num campeonato mundial e aí, no momento em que você está correndo pra pegar velocidade e depois se dependura na vara pra gerar o impulso, rola de um vento bem forte furacão te empurrar de um jeito  que tu é jogado na direção do céu, ultrapassa as nuvens e vem caindo com a elegância de uma pena, chega ao chão, vê que bateu o recorde, fica maravilhado, dos olhos transbordam as lágrimas de tanta emoção á ponto de não acreditar no que acaba de suceder. Veja bem! Você não acredita no tal impulso divino e não no recorde rompido. E daí, olha pra  um lado e outro do lugar que foi cenário de tamanho espetáculo. Tá vazio! Era só um treino extra.



sábado, 23 de março de 2013

O escasso cafuné

Não sabia ao certo quão era o tamanho do  prejuízo que tua ausência provocou em mim. Não lembrar do teu sorriso, da tua voz (que descobri esses dias lá pelo Rio que era rouca), do teu cuidado comigo anda me desgastando ainda  mais a vida.
Há 11 anos eu te perdi e só agora me dei conta do dano que isso tudo me causou. Abriu-se um buraco negro no centro de mim. E, retardatariamente, (eu sei) arrebataram-me um turbilhões de questionamentos em relação ao Agora, ao Hoje. Sorrateiramente me ocorre que, se você ainda estivesse aqui, talvez eu fosse diferente. Uma pessoa mais 'obsequiosa', talvez! As pessoas comentam sobre eu não ter herdado qualidade nenhuma. Só defeitos. Isso tem me maculado consideravelmente. (E me embrutecido ainda mais!)
Hoje  molho este papel numa tentativa de auto entendimento. Mas com a consciência de que será mais uma frustração para minha coleção. (Afinal, alívios momentâneos, são frustrações maiores ainda.)
P.S.: Tão nova! E já consegue enxergar que  analista nenhum é capaz de ocupar ou esvaziar esse vazio que jaz ali...


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A "cereja do bolo" aqui virou tomate

Eu não sabia ao certo quais seriam dimensões do prejuízo afetivo que isso me causaria ou mesmo se causaria algum. O que sei mesmo, é que eu devia ter ligado. Devia ter arranjado um tempo mesmo que pouco pra te ligar e perguntar como estão as coisas e falar também das coisas por aqui. Droga! Acho que tô mais chateada comigo do que você...Normal.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Carta sem pé nem cabeça

No dia de minha partida, esperei você sair e desabei feito casa de barro em dias de inverno. Nunca tinha me visto\sentido tão frágil...Eu não conhecia minha fragilidade! Encontrei o espelho de olhos vestidos da forma mais abominável já vista. Mas não me via.
Eu juro que achei que depois que eu viesse embora, tudo ia continuar a mesma coisa- mas jurei não confiar em ninguém nunca mais também e olha aí!  Eu ia acordar e ver um "bom dia" ou coisa parecida...As coisas nunca são do jeito que planejamos ou queremos, não é mesmo? Mas tudo tem dois lados.
Amanhã tem estreia...e eu nem sabia, hahaha. Não tô cobrando ninguém! Eu imaginei que estivesses ocupada demais e preferi esperar ser solicitada pra ouvir alguma novidade, afinal, é chato ser incomodada quando se está empenhada em algo importante.
Hoje me aconteceu uma coisa bem chata e senti sua falta. Você sempre sabe falar alguma coisa pra me deixar mais tranquila ou segura. 
Amanhã vai ser um grande dia. Te desejo muito sucesso - por que sorte não é muito necessário quando se tem o talento. Não esquece que sempre que tu precisar estou aqui. Meu ombro continua sendo seu amigo.


P.s.: Não me cobre coerência de ideias aqui. Tô 
com o juízo desorganizado demais!